Com Vista Pro Mundo...

Reza a lenda budista que quando Siddharta, que mais tarde seria o Buda... tocou no solo e deu os seus primeiros sete passos... sete flores de lótus cresceram... desta forma cada passo do Bodhisattva representa um acto de expansão espiritual....Os budas em meditação são representados sentados sobre flores de lótus... O significado original deste simbolismo é apresentado como exemplo...ou seja...tal como a flor de lótus cresce da escuridão ... do lodo para a superfície da água ... abrindo as suas pétalas após emergir à superfície ..da mesma forma... a mente... nascida no corpo humano ...difunde as suas verdadeiras qualidades após ter-se erguido ... do sentido turvo da paixão e da ignorância ... transformando... o poder tenebroso da profundidade ...na radiante consciência iluminada!!!Foi preciso tocar nas flores...com o meu dedo indicador.... para perceber se eram naturais :-)

Embora rodeada de budas...encontrei, no primeiro lugar sagrado que visitei na Tailândia, esta imagem da deusa Tara...grande deusa e mãe dos mundos...representa o poder feminino... " reverência a que produz a paz e a que produz prazer, reverência ao auspicioso (Shiva) e à mais auspiciosa."           Taittiriya Samhital V.5.8 Todos os objectos que se encontram à sua volta surgem do ritual de adoração à deusa...O que torna esta Yogini especial???... ser adorada pelo o Budismo e pelo Hinduísmo!!! 

Wat significa templo...Wat Prok foi o primeiro que visitei na Tailândia....nestes templos existe sempre um guardião...ou monge budista...este foi o primeiro monge que conheci (com a respeitosa distância) ... meditava ... procurava a harmonia total...estes lugares são docemente silenciosos...há paz e tranquilidade aqui!!! 

Há uma triste realidade associada às crianças tailandesas... aproximadamente 15 milhões de estrangeiros procuram anualmente sexo fácil e barato na Tailândia...a prostituição é ilegal, no entanto ela é praticada descaradamente nas ruas em plena luz do dia...a probreza condiciona a opção de crescer de uma forma saudável e livre...lamento muito que.. pessoas nojentas...com os seus filhos em bons colégios europeus... procurem estas crianças para abusarem delas sexualmente...fica este salto para a felicidade!!!

Ao longo das margens do Damnoen Saduak é possível ver como vivem as pessoas e como elas estão tão intimamente ligadas aos canais...lavam a louça e a roupa...banham-se...cozinham....alimentam-se do que cultivam...nesta região tão fértil...tão verde...tão viva!!!

O Rei Rama IV mandou construir este canal para ligar o rio Taachin, na Província Samutsakorn ao rio Marlong, na Província de Samutsongkram. Existem mais de 200 pequenos canais. O mercado Damnoen Saduak tem três zonas diferentes de venda: Talat Ton Khem (com 100 anos esta é a parte mais antiga do mercado), Talat Hia Kui (ponto mais turístico do mercado) e a Talat Khun Phitak (este ponto de venda, à séria, fica num canal secundário e recebe menos turistas)...O mercado está aberto diariamente das 8h às 11h...cheguem cedo...se conseguirem!!!

Almoçava serenamente...enquanto esperava que alguém lhe comprasse bananas...ofereceu-me um sorriso doce quando por ela passei...no rosto estava cravada a experiência de anos vividos com dureza...no seu barco tons de azul ...era distinguida por um olhar demasiado sereno...

Existem imensos vendedores de comida já pronta a flutuar pelo grande mercado...esta senhora vendia umas belas espetadas de "não sei lá muito bem o que seria aquilo"...a verdade é que tinha um excelente aspecto...e o cheiro era também bastante apelativo...infelizmente não provamos... estávamos a iniciar o nosso contacto com estes novos aromas e sabores...não foi por duvidar da qualidade da higiene...a sério que não!!!Viram a pinça .. :-)

Sendo a  Tailândia um dos países que mais exporta bugigangas...não poderiam faltar no maior mercado flutuante do mundo várias "tendas" com estes produtos multicolores...aqui há de tudo!!! Mas têm que perder muito tempo a regatear...se apontarem é porque têm interesse...e começa a luta da negociação...corre o risco de ser maltratado se for só por curiosidade que quer ver a bugiganga...apontem e comentem quando realmente já estiverem interessados...digo isto baseado apenas na minha experiência...

Ao longo do percurso por o Damnoen Saduak era possível ver muita gente a comer...penso que os tailandeses têm uma relação com a comida muito parecida com os italianos...comem a qualquer hora e em qualquer lugar...pode-se comer enquanto se passeia de barco pelo mercado porque há muitos barcos com pessoas a confeccionar refeições como viram na fotografia anterior ...mas nas margens há também bastantes "restaurantes" ...a comida tailandesa é excelente... vejam como os putos fazem  pose para a fotografia ...

É possível transportar tudo num barco tão pequeno... agora cozinhar...é fantástico!!!

Ao longo do Damnoen Saduak existem muitas "lojas" a vender este típico chapéu tailandês...sim...comprei um...que semi cerrado parece e serve de abanico...ou seja é multifunções...o meu chapéu é parecido com o bege que está na fotografia...assumo...nunca mais o usei...

Iniciada a viagem pelos canais até ao mercado flutuante, a primeira paragem serviu para provar uns doces rebuçados... A senhora enrolava-os com duas colheres de uma forma habilidosa ...tranquila e com o tal sorriso que caracteriza os tailandeses... Prova-mos...eram deliciosos!!!  

Nos próximos dias vou publicar uma série de sorrisos...cheiros...cores...agitação...criatividade...vivida no maior mercado flutuante do mundo....

A viagem de táxi entre Bangkok e o "porto" onde apanhamos o barco para visitar o maior mercado flutuante do mundo dura aproximadamente 1h30. Pelo caminho paramos num banco para trocar dólares por baths (é importante levarem fotocópias do passaporte para não desaparecerem com o original). Enquanto esperávamos num cais pelo barqueiro serviram-nos cordialmente uma água e umas pequeninas (mesmo) bananas doces. Pagamos 300 bath/pessoa pela tour. Devem existir mais "portos" onde se possa alugar estes barcos mas ficou ao critério do taxista que provavelmente terá direito a uma comissão...é justo! No barco seguimos só as duas, penso que era suposto visitar o mercado mais cedo, seriam umas 11 horas quando iniciamos a viagem. Ao barqueiro não se pode chamar propriamente um guia pois não falava uma palavra em inglês...mas era cordial e apontava para as coisas com um gemido.... e...sorria...e isso bastou!!!

Depois de uma noite de chuva torrencial...amanhecemos em Bangkok ao lado do rio Chao Phraya...com um pequeno almoço no jardim do hotel Ibis Riverside...Não poderíamos ter começado o dia de melhor maneira... A ideia para esse dia era visitar a cidade e no dia seguinte pretendiamos ir ao maior mercado flutuante do mundo, o Damnoen Saduak, que fica aproximadamente a 100 quilómetros de Bangkok. Perguntamos na recepção quanto custaria um táxi para o mercado, isto para nos irmos organizando para o dia seguinte...aqui começou o regateio de 3 semanas...o recepcionista negociou a ida ao mercado por 1000 baths (aprox. 25 euros) o que nos pareceu justo atendendo ao que tínhamos pesquisado e.... decidimos ir ....nesse mesmo momento...visitar o  Damnoen Saduak!!!

Nos próximos dias vou partilhar, por fotografias e relato de experiências, aquela que foi uma das viagens da minha vida feita na companhia da minha grande amiga Cristina Ann. Esta fotografia, tirada a caminho de Hanói (Há Nôi em vietnamita), retrata de alguma forma o meu sentimento global desta tamanha e imensa experiência no sudeste asiático...Vi e senti que as pessoas resistiram a uma história difícil ainda presente nos seus rostos ...que desconfiam.... porque sobreviveram a tantas maldades humanas e naturais...que transgridem as leis ou vivem sem elas para.... permanecerem com um sorriso tranquilo...

Em Dezembro tive a visita de dois amigos belgas (na verdade ele é chileno). O vinho favorito da minha amiga é o Mateus Rosé, não discuto o gosto e aliás era também o único vinho português que conhecia. Aproveitei para passear com eles pelo Douro e levá-la a beber o seu vinho na casa que lhe deu o nome.  Espanto...Não é possível saborear o famoso rosé na casa de Mateus. A justificação que a funcionária apresentou foi que apenas davam o título à Sogrape para ela poder vender o vinho...que a produção já não lhes pertencia...e que não tinham o vinho para degustar...uma pena..penso!!! A casa é fabulosa...tal como o jardim...Vale bem a pena visitar e recomendo num final de tarde....mas deixem o carro fora dos muros (mas não deixem na estrada principal porque pode ser perigoso devido à berma ser curta).... cobra-se muito dinheiro para estacionar na ilustre casa...e é sempre a somar...entrada...visita à casa...visita guiada...etc..deixei uma sugestão para informarem sobre o pr...